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A convocação – Parte 3 final

III. APRENDENDO COM O CAMINHO
Para vencer na vida, preciso entender que fui convocado por Jesus! É isso mesmo. Não existe uma pessoa no mundo que não esteja inclusa nessa convocação de Cristo. Podemos nos alegrar por isso, pois ele não priorizou uma classe de intelectuais superdotados e bonzinhos. Não são somente aqueles que têm “ficha limpa” que podem ser seus discípulos. A convocação é para todos! Todos podem experimentar essa vida ao lado do mestre. Que fantástico: fui convocado por Jesus! Mesmo que ninguém me escale ou me chame para alago, um dia o Senhor de todas as coisas me chamou. 
Fim da caminhada: Mais do que aceitar a convocação, é fundamental compreender. Entender que fazemos parte da lista dos convocados por Jesus
nos enche de esperança, nos motiva a vivermos a profundidade de um compromisso, faz com que nossos ouvidos e, principalmente, nosso coração, se abram para o que Jesus tem a dizer. Portanto, sua atenção deve ser redobrada, pois seu nome está na lista dos convocados. Entender todas as implicações desta convocação é o que faremos no decorrer dos estudos desta lição. Não perca nenhum deles. Você foi convocado!
Fonte: Fumap
Bom hoje termina a primeira temporada do Momento Estudo, totalizando 140 edições, que ministraram a palavra de Deus. Foi muito bom esses momentos, póis o blog como um blog de TV, deu espaço para outros conteúdos e com certeza abriu espaço para algo excelênte que é a palavra de Deus. O momento estudo não para por aqui, estamos dando uma pausa para uma reformulação e voltamos dia 11 de julho com nova “roupagem” novo nome e mais dinâmico, aguardem… Obrigado a você leitor que nos acompanhou nessas 140 edições.Você pode mandar suas opiniões e dicas de tema para os estudos para o email sciolpi@hotmail.com. Dia 11 estamos de volta com força total, abraços e até lá!

A convocação – Parte 2

Seria melhor ele não ter dito nada. Marcos relata que Jesus (…) repreendeu a Pedro e disse: Para trás de mim, Satanás! (Mc 8:33). A partir desse ponto, Jesus apresentou a receita para uma vida vitoriosa e profunda ao lado dele. A convocação que fez é uma chamada radical para o compromisso de uma vida real ao seu lado. Quais foram as pessoas convocadas para essa fascinante vida? O texto básico desta lição diz: Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes … (Mc 8:34). Observe, atentamente, os dois grupos de pessoas, “discípulos” e “multidão”. Estes dois grupos foram convocados.
Não vem ao caso onde você se encaixa. O fato é que não é possível fingir que a convocação foi feita somente para os outros. Definitivamente, estamos todos envolvidos com ela. Até a multidão, que, aparentemente, estava a alguma distância, enquanto Jesus estava nessa conversa particular com os discípulos,
é convocada. Algumas traduções trazem a palavra “chamando”, no lugar da palavra “convocando”. As duas cumprem muito bem a intenção de Jesus, pois, além destas possibilidades, a palavra grega deste versículo também significa “convidar, chamar a si, escolher para si”, ou seja, Jesus faz uma convocação especial porque o que tem para dizer é de vital importância para quem quer vencer na vida. O que será dito, na sequência, é tão importante que ninguém pode ficar de fora. Daí a convocação não ser dirigida apenas para “os seus discípulos”, mas também para a multidão. Como alguém poderia vencer na vida, se Cristo o es- quecesse? Ou, mesmo que não o esquecesse, o deixasse de lado? Mas Cristo, na objetividade e na abrangência de sua convocação, não foi omisso nem descuidado. Usou dois grupos que representam todos nós. Os discípulos representam os seguidores do Mestre de toda época e lugar, também representam um alerta, o fato de ser um discípulo não elimina a necessidade de prestar atenção, entender e praticar aquilo que será proposto por Jesus. A multidão representa todas as pessoas de qualquer época, lugar, cultura, posição social, religião, ou seja, a convocação é endereçada a todos, seja a geração a vapor ou a geração digital.
Continua amanha…

A convocação – Parte 1

Para onde vamos?
Mostrar que todas as pessoas são convocadas
para serem discípulas de Jesus.
O início da caminhada: Infelizmente, “superficialidade” é a triste realidade na vida de muitos de nossa geração. A superfície é um lugar raso. Manter-se no raso é eliminar toda e qualquer possibilidade de aprofundamento. Na superfície, eu domino a situação, eu estou no controle. Essa falsa sensação de segurança mantém casais, líderes, professores, profissionais, estudantes e tantos quantos pudermos imaginar presos a uma superficialidade que acaba por determinar atitudes, palavras, relacionamentos. Tudo isso cria a impressão da vitória, afinal, “se tudo está bem, devo estar vencendo na vida”, racionalizam. Contra a comodidade de uma consciência assim, Jesus dirige a convocação que estudaremos nesta lição.
I. ANDANDO PELO CAMINHO
No contexto da convocação do capítulo 8 de Marcos, nós temos a famosa confissão de Pedro: Tu és o Cristo (v. 29). Depois dela, Jesus começou a ensinar que o Filho do homem sofreria, seria rejeitado e iria morrer (v. 31). Os discípulos não assimilaram bem essa ideia. Eles estavam acostumados com os milagres, com os elogios do povo, com a popularidade. Pedro, impulsivo como sempre, tomou a frente, manifestou-se, repreendeu Jesus. Ele havia acabado de confessar que Jesus era o Cristo (v. 29). Para Pedro, era inconcebível a ideia de que Jesus iria sofrer ou morrer. Ele o levou a um lado e chamou sua atenção: O Senhor não deve dizer coisas assim (v. 32 – BV). 
Continua amanha…

A Graça é para Todos – Parte 5 final

3. A parábola dos trabalhadores na vinha desafia-nos a reconhecer o
desmerecimento pessoal.

A vida eterna e as bênçãos que recebemos não são comércio com Deus, como pensavam os fariseus. Eles esperavam que Deus os recompensasse por suas obras e se recusasse a abençoar os pecadores indignos. Diziam, também, que o homem, por seus atos, faz que Deus seja o seu devedor. Esse pensamento, sorrateiramente, tem invadido as igrejas evangélicas, em nossos dias. Temos ouvido que, se fizermos o sacrifício, a corrente, o ritual, ou se participarmos da “fogueira santa”, podemos exigir e Deus tem que nos dá, porque é nosso direito. Deus nunca será nosso devedor. Nós é que lhe devemos tudo. Fomos graciosamente resgatados da miserável servidão do pecado, por preço incalculável (I Pe 1:18-19). Somos para sempre devedores a Deus.

CONCLUSÃO:
Na parábola dos trabalhadores na vinha, o Mestre mostra como, rapidamente, podemos esquecer que não merecemos sequer o denário prometido. Facilmente esquecemos que éramos perdidos pecadores, que, pela graça, fomos elevados a uma posição de servos, e nos tornamos amigos do Rei ( Jo 15:15). Com facilidade, somos tentados a olhar para o que os outros receberam ou têm recebido e a achar que merecíamos também. Pior, ainda, é quando nos imaginamos melhores, superiores, mais santos que os outros, e passamos a menosprezar e a julgar as pessoas, esquecendo que tudo o que temos e somos é pela misericórdia de Deus. Todavia, o Senhor nos ensina que nenhum cristão é desprovido do amor de Deus. Jamais conseguiríamos pagar-lhe todo o bem que ele nos concede. Por isso, ao invés de murmurar, devemos celebrar sua maravilhosa graça.
Fonte: Portal IAP

A Graça é para Todos – Parte 4

III – OS DESAFIOS DA PARÁBOLA
1. A parábola dos trabalhadores na vinha desafia-nos a combater a
discriminação espiritual.
No reino de Deus, não há filho preferido. Os trabalhadores da undécima hora são tão importantes quanto os da primeira, pois Deus não faz distinção de pessoas (At 10:34). Sendo assim, a igreja, como a maior expressão do reino, deve viver esse princípio em seus relacionamentos; deve combatertodo preconceito racial e toda distinção das pessoas, seja pela condição econômica, pelo grau de escolaridade, pelo sexo ou pela idade. Não podemos medir as pessoas pela quantia de seus dízimos, nem pelo tempo em que elas estão na igreja, pois todos são iguais diante do Senhor (Rm 2:11, 10:12; Gl 3:28). O apóstolo Tiago exorta a igreja a não fazer diferença entre as pessoas, a não as tratar com parcialidade (Tg 2:1-4).
2. A parábola dos trabalhadores na vinha desafia-nos a celebrar a
generosidade divina.
Os trabalhadores da primeira hora sentiram-se injustiçados, pelo excesso de bondade do dono da vinha para com os outros. Eles foram incapazes de celebrar a manifestação da generosidade. Não houve celebração, mas murmuração. Assim, somos desafiados a nos alegrar com o que Deus tem feito na vida de outras pessoas, ou através delas. Devemos eliminar todas as possíveis raízes de insatisfação ou inveja em relação ao outro. Peçamos ao Senhor que nos dê um coração generoso, para sempre buscar o crescimento de outras pessoas, e humilde, para nunca se julgar mais merecedor do que elas. Que o Senhor nos ajude a evitar a inveja para com as bênçãos espirituais dos outros.
Continua amanha…

A Graça é para Todos – Parte 3

Agora, vamos responder à pergunta levantada no início: Qual a verdade principal ensinada nesta parábola? Jesus não a narrou para ensinar lições sobre economia ou negócios. Ele não narrou essa história para mostrar como devem ser as relações entre empregador e empregado. A verdade principal ensinada na parábola é: a graça de Deus é para todos!
Ao ensinar a parábola, Jesus mostrou que Deus não trata os homens de acordo
com o princípio do mérito, da justiça ou da economia. Deus não está interessa-
do em lucros. Deus não trata o homem na base do “toma lá dá cá”, ou “uma boa
ação merece recompensa”. A graça de Deus não pode, simplesmente, ser dividi-
da em quantidades proporcionais ao mérito acumulado pelo homem. Havia em
circulação, na época, uma moeda chamada pondion, que valia a duodécima par-
te de um denário. Na graça de Deus, no entanto, não circulam porcentagens,
porque “todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça” ( Jo 1.16).
O senhor da parábola, que convida trabalhadores para a sua vinha, representa o próprio Deus. Pela graça divina, fomos salvos, perdoados de nossos pecados e libertos da condenação da morte, para vivermos em novidade de vida. Além disso, através da mesma graça que agiu para a nossasalvação, também fomos chamados para trabalharmos no reino de Deus. Poderíamos trabalhar inteiramente de graça, apenas por gratidão, pelo tanto que ele nos fez. No entanto, o Pai decidiu recompensar-nos, ainda que não merecêssemos coisa alguma. Deste modo, a graça é o critério usado por Deus para recompensar-nos. Mas o que é graça? “É ação imerecida de Deus para com o homem. É um fluir único da bondade e generosidade de Deus”.
É a resposta divina à necessidade humana. No passado, não éramos dignos de coisa alguma. Andávamos pela vida, sem propósito, éramos insignificantes, tristes e perdidos; mas, agora, por sua graça, além de a nossa vida encher-se de significado especial, fomos também chamados para servir-lhe em seu reino, com
a promessa de uma grande recompensa; isso porque Deus simplesmente nos ama. O autor Philip Yancey diz a seguinte frase: Não há nada que eu possa fazer para que Deus me ame mais. Não há nada que eu possa fazer para que Deus me ame menos.
Logo, é necessário entendermos que não existe, de nossa parte, merecimento algum e não há o que possamos fazer que nos coloque em condição de merecimento (Ef 2:1-9; Rm 5:1-11). Em Rm 8:32, lemos: Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas (grifo nosso). Então, até as bênçãos que recebemos não vêm por nossos esforços, mas, sim, pela misericórdia de nosso Senhor. Afirmamos, com base na palavra de Deus, que não é necessário nem um tipo de sacrifício ou oferenda, nem um tipo de ritual, para que Deus nos dê algo. Então, o que significa a expressão os últimos serão primeiros e os primeiros serão últimos? De fato, toda a parábola está sintetizada nessa frase, que aparece tanto no início quanto no final dela (Mt 19.30, 20:16). De acordo com Tasker, ela expressa a idéia de igualdade e, neste contexto, significa que os que chegarem por último no reino de Deus serão tratados em iguais condições, como os que chegarem primeiro. No reino de Deus, não há discriminação, nem favoritismo. Os judeus não terão nenhuma vantagem sobre
os gentios. Logo, em sua essência, a parábola mostra que a graça é para todos, pois todo aquele que se aproximar de Jesus, mediante a fé, tornando-se filho de Deus, terá os mesmos direitos assegurados pela Cruz.
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A Graça é para Todos – Parte 2

Foi, então, que, o sempre impulsivo Pedro, que se sentia cheio de méritos, aproveitou a ocasião para saber o que seria dele e dos outros onze que, ao contrário do jovem rico, foram capazes de atender ao chamado, abandonar tudo para se tornarem discípulos de Jesus: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos; que receberemos? (Mt 19:27). Em resposta, Jesus não repreendeu o discípulo, mas, bondosamente, explicou-lhe que, embora os doze apóstolos tivessem lugar de destaque no reino de Deus, não eram, em nada, melhores aos tantos outros, que também haviam sido alcançados pelo evangelho salvador. Todos teriam o mesmo galardão: … cem vezes tanto nesta vida e por f im a vida eterna (Mt 19:29). Entretanto, Jesus os alertou sobre o perigo de entenderem que o galardão poderia ser conquistado por meio de critérios humanos. O
Mestre desejava mostrar-lhes que essa recompensa prometida não seria dada por merecimento da parte deles, mas por causa da generosidade do Pai. Para os discípulos, não era fácil aceitar que a graça de Deus
era para todos, pois, desde muito cedo, haviam sido, criteriosamente, instruídos pelos fariseus na doutrina da salvação pelo mérito ou pelo esforço próprio. Se não mudassem seus conceitos de salvação, teriam dificuldade, não somente para apreciar, mas, também, para anunciar inteiramente a maravilhosa manifestação da graça de Deus. Sendo assim, ao contar a parábola dos trabalhadores na vinha, Jesus quis mostrar, especialmente aos doze, como a salvação se processa no reino de Deus.
II – A VERDADE DA PARÁBOLA
Qual a verdade principal ensinada por Jesus, na parábola dos trabalhadores na vinha? Antes de tratarmos dessa verdade principal, vamos relembrar o conteúdo da parábola: Jesus compara o reino dos céus a um dono de terras que contrata homens para trabalharem em sua vinha. Ao longo do dia, cinco grupos de trabalhadores foram contratados (Mt 20:1b-7). O 1º grupo trabalhou das 06 às 18 horas; o 2º grupo, das 09 às 18; o 3º grupo, das 12 às 18 horas; o 4º grupo, das 15 às 18h, e o 5º grupo, das 17 às 18h. Ao fim do dia, o dono da vinha orientou o administrador a pagar seus salários, começando pelo último contratado, até o primeiro (Mt 20:8). Cada trabalhador recebeu um salário idêntico: um denário. Os trabalhadores que começaram a trabalhar às seis horas alegam que deveriam receber mais do que os demais, que começaram a trabalhar mais tarde. O dono da vinha lembrou aos murmuradores duas coisas: (1) Ele lhes pagou o que fora
combinado (Mt 20:13). E qual fora o combinado? Um denário. Ao serem chamados para trabalhar, esses homens consentiram em ganhar esse valor.  Ele paga o que quiser a quem quiser (Mt 20:14-15). 
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A Graça é para Todos – Parte 1

TEXTO BÁSICO: Assim, os últimos serão primeiros e os primeiros serão últimos. (Mt 20:16)
INTRODUÇÃO: O reino dos céus é um reinado de generosidade, em que o mais importante não é o que a pessoa faz por merecer, mas o que recebe sem mérito algum. Na parábola dos trabalhadores da vinha (Mt
20:1-16), veremos a atitude do senhor da vinha em relação aos que nela trabalharam por um dia; observaremos como Deus manifesta sua misericórdia para conosco. Com essa parábola, que é encontrada apenas no evangelho narrado por Mateus, aprenderemos que o recebimento das bênçãos divinas e a salvação não são motivados por nosso merecimento, nem por tempo de serviço ou condição moral, condição fi nanceira, mas, única e exclusivamente, pela graça de Deus.
I – O PROPÓSITO DA PARÁBOLA
Para se interpretar uma parábola corretamente, alguns princípios devem ser observados; um deles é este: examinar o contexto no qual a parábola está inserida, isto é, o lugar, as circunstâncias, as pessoas
para quem ela foi contada e o problema em questão. Sendo assim, para captarmos a mensagem da parábola dos trabalhadores na vinha, precisamos perguntar: O que levou Jesus a contar esta parábola? Exa-minando o contexto anterior, isto é, os versículos que a antecedem, encontramos a narrativa do encontro de Jesus com o jovem rico (Mt 19:16-22). Este, embora fosse escravo da cobiça e adorador da riqueza, considerava-se um observador dos mandamentos estabelecidos por Deus.
Diante da proposta feita pelo Mestre, de renegar ou renunciar a sua riqueza, ele se abateu e desistiu de o seguir.  Enquanto aquele jovem se afastava, entristecido, Jesus deixou os seus discípulos espantados, ao declarar o seguinte: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no Reino dos céus (Mt 19:23). Assombrados com a declaração do Mestre, os discípulos perguntaram: Quem poderá, pois, salvar-se? (Mt 19:25). Eis a animadora resposta do Senhor: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível (Mt
19:26). Tão poderoso é o domínio das riquezas sobre o coração humano que apenas o poder de Deus pode libertá-lo da tirania do materialismo. 
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Deus não tem pressa!

Deus não tem pressa. Aliás, desconfio que ele não tenha relógio.
Acompanhe o que talvez seja a segunda proposta de trabalho de Deus ao homem. É bom lembrar que a primeira — feita a Noé —, da ideia à realização, levou não menos do que cem anos. Agora, trata-se de um projeto novo. Uma espécie de PAC (Plano Ancestral de Crescimento) da humanidade: “Quando Abrão estava com noventa e nove anos de idade o Senhor lhe apareceu e disse: ‘Eu sou o Deus todo-poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro. Estabelecerei a minha aliança entre mim e você e multiplicarei muitíssimo a sua descendência’” (Gn 17.1-2).
O leitor sabe do que Deus está falando. E não é a primeira vez que o Todo-Poderoso toca no assunto. Cinquenta anos antes, Deus havia sugerido uma mudança radical na vida do velho e manso Abraão. E, até agora, nada. Mas Deus repete as suas intenções.
Aqui, volto ao argumento inicial. Nós temos pressa — necessidade intensa de alcançar um objetivo. Não nos contentamos com o “enquanto”. A travessia não nos interessa, queremos chegar “lá”. No entanto, Deus não é assim. Ou você faria um contrato de longo prazo com alguém de 99 anos de idade? Mas, ao conversar com Abraão, como se fosse necessário, Deus relembra também quem ele [Deus] é. Depois, como se falasse a um bando de adolescentes com hormônios à flor da pele, reclama obediência e integridade. E, por último, com fina ironia, fala dos seus planos, claro, para o futuro…
Deus não tem pressa. Melhor, Deus tem tempo. E, graças a ele, mesmo sem saber exatamente que horas são, nós cabemos nos seus planos. Nesses dias corridos e em meio aos imprevistos, não há melhor consolo do que escutar: “Ainda dá tempo”… (Sl 90).
Nas palavras de C. S. Lewis, “a Deus pertence o nosso futuro, não importa se o deixamos em suas mãos ou não”.

O apagador de Deus

Uma sensação agradável de quem é Professor é chegar numa sala de aula e apagar a lousa. É como se nada houvesse sido escrito antes. E se vai iniciar uma nova fase de aprendizado por que não começar com a lousa totalmente limpa?
Muitas vezes desejamos ser como um Professor e apagar a lousa da nossa vida. Achamos que o que está explícito não deveria ter sido escrito. E por mais que se tente, com esforço próprio, mais complicado fica.
Estamos falando do pecado e a culpa. O pecado não apagado produz uma situação profundamente desconfortável. É como se o sinal vermelho do semáforo da vida nunca apagasse e avançar significaria fazer algo proibido. Ou como que caminhássemos com um dedo acusador apontando para a nossa fronte. Falta paz, alegria e prazer em viver. Além do emocional, muitas são as conseqüências físicas. Nesta situação muitos preferem esconder a encarar a vida. As fugas podem ser desastrosas se tender para determinados vícios (álcool ou drogas). Mas o que fazer quando a culpa é maior que a vida? Quando a culpa rouba toda possibilidade de felicidade? Será que Deus, como sábio criador, inventou também um apagador dos nossos erros? Certamente que sim!
O Rei Davi encontrava-se numa profunda crise devido vários pecados que pesavam sobre si. Havia elaborado um plano de morte para um de seus melhores soldados para ficar com a sua esposa. O Profeta Natã havia transmitido a reprovação de Deus. E foi neste momento que o Rei orou: “Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado” – “… lava-me, e ficarei mais alvo que a neve” – “Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades” – “Cria em mim, ó Deus um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” – “Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito” – “Restitui-me a alegria da salvação”. Salmo 51. E apesar de tamanhos erros o Senhor os apagou e fez de Davi “um Rei segundo o Seu coração”. Atos 13.22. As inscrições pecaminosas foram apagadas e uma nova chance foi dada.
Há duas classificações de pecados que o Senhor quer apagar de nossas vidas: O original (àquele com os quais nascemos devido o pecado do primeiro casal no Éden) e os praticados (por ignorância ou desobediência). Resolvemos as implicações do pecado original, quando temos um encontro pessoal com Cristo. Quando O aceitamos como Salvador, permitindo que o sangue do calvário seja aplicado em nossa vida. E a Segunda classe de pecados, os praticados, quando em aliança com Jesus confessamos nossos erros e limitações. Que maravilha podermos ancorar em 1 João 1.9 “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
O apagador de Deus existe, chama-se Jesus Cristo e Seu sangue. Permita, porém, que a Sua vida, Suas obras, Seus ensinos, Seu nome e Sua ressurreição façam diferença em sua existência. Permita que o Senhor lance sempre seus erros nas profundezas do mar – Miquéias 7.19.
Que na lousa de sua vida permaneça apenas as virtudes, a graça, a alegria, o amor, a esperança, a fé, a salvação.
Fonte: Sou da PromessaPor Pr. Elias Alves Ferreira