Nas ondas do IbopeSistema transmite preferências dos telespectadores em tempo real para as emissoras
1. As casas que participam da medição de audiência são escolhidas por critérios socioeconômicos. A idéia é que essa amostra seja um retrato da sociedade brasileira. Se 10% dos habitantes de uma região forem da classe A (a dos mais ricos), então 10% dos domicílios pesquisados também têm de pertencer a essa faixa. Na Grande São Paulo, 750 casas compõem a amostra. Nenhuma delas pode ser pesquisada por mais de quatro anos
2. Nas casas, um aparelhinho grava o canal em que cada TV está sintonizada. Mas para medir quais são os programas favoritos da mãe ou do filho, por exemplo, é preciso saber quem está assistindo. Por isso, cada morador recebe um controle remoto particular, que avisa ao aparelho quem está na frente da tela
3. Na Grande São Paulo, onde a medição de audiência é feita em tempo real, o aparelho do Ibope transmite minuto a minuto os programas que estão sendo assistidos em cada casa. É como se fosse um telefone celular que fica o tempo todo mandando dados
4. Os dados transmitidos pelo aparelhinho são codificados em sinais de rádio e vão para uma das 13 antenas que o instituto mantém na Grande São Paulo. De lá, os sinais seguem para uma central, que recebe os dados enviados por vários domicílios e reúne esse “pacote” de informações
5. Por sinais de rádio, internet ou linha telefônica, os números de audiência saem da central e chegam às emissoras que pagam pelo serviço. Nessa hora, o pessoal da TV só fica sabendo qual programa cada domicílio está assistindo. No dia seguinte, o Ibope manda relatórios mais detalhados, que mostram as preferências de cada morador da casa
Fonte: Mundo Estranho
O Site F5 Encontrou Família que tem Aparelho do Ibope, Confiram:
Assim como duendes, gnomos, elfos e leprechauns irlandeses, muita gente também não acredita na existência dos aparelhos do Ibope que medem a audiência da TV brasileira. Isso termina hoje, porque finalmente o “F5” encontrou uma família da Grande SP que tem o famosíssimo e lendário “ibopômetro” instalado na sala de casa. Há 750 aparelhos iguais a este em São Paulo e cerca de 4.000 em todo o Brasil.
Por respeito ao sigilo contratual da família, o “F5” não identificará o local em que fotografou o aparelho, chamado oficialmente de “peoplemeter”. O ibope escolhe as famílias nas quais instala o aparelho mediante análise de dados de censo obtidos pelo IBGE.
A ideia do Ibope é que essas famílias eleitas representem uma amostragem “sincera” de todas as camadas da sociedade. Cada ponto de ibope de um canal equivale a 58 mil residências sintonizadas nele, por exemplo.
Essa amostra “social” é importante também porque é a partir dela que anunciantes e agências decidem se, quando e em que horário vão pagar para exibir seus produtos em propagandas na TV –ainda o veículo de maior alcance no país. Em 2011, a publicidade no país movimentou cerca de R$ 20 bilhões, sendo que a TV aberta abocanhou 63% desse montante. O faturamento da Globo em 2011 chegou a R$ 11 bilhões.
Veja na imagem e arte abaixo que cada pessoa na residência ganha um número de identificação (a família deve ter no máximo 8 pessoas).
Se um morador está sozinho na sala ou decide em nome da família o que todos vão assistir, essa pessoa clica em seu próprio número (em vermelho, de 1 a 8), e depois informa quantas pessoas da família estão assistindo junto (em verde, de 1 a 8 também). Também informa se há só homens, só mulheres ou homens e mulheres na sala, bem como a faixa etária de todos diante da TV.
O aparelho está conectado diretamente ao ibope. A partir desses dados o instituto monta o cálculo de ibope em tempo real, e faz os relatórios mensais da Grande São Paulo e do país (o chamado Painel Nacional de Televisão).
SEM CACHÊ
As famílias procuradas pelo Ibope precisam optar voluntariamente em ter e manusear o aparelho sem receber nenhuma bonificação do Ibope por isso. No máximo, podem ganhar brindes, como utensílios domésticos.
A eficácia e a própria existência do aparelho fora colocada em dúvida várias vezes. Cerca de sete anos atrás, irritado com o baixo ibope que a medição lhe atribuía, o apresentador Ratinho, do SBT, ameaçou criar um concurso no qual daria um carro 0 km ao primeiro telespectador que levasse ao seu programa um aparelho “peoplemeter”. Ele chegou a fazer essa “ameaça” no ar, mas nunca a levou a cabo, pois a cúpula do SBT o fez mudar de ideia.
Também na década passada, o próprio Silvio Santos tentou bancar a entrada de uma nova medição de audiência, mas o projeto fracassou. A suspeita era que a medição favoreceria a Globo, o que o Ibope nega.
No ano passado, novamente surgiram informações de que a multinacional Nielsen poderia investir na criação de uma medição paralela. Isso até agora não se concretizou, e o Ibope segue com o monopólio do cálculo de audiência.
Matéria Retirada do Site F5
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